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19 outubro 2006 

CARTA ABERTA AO MEU BANCO

Exmos. Senhores Administradores do Meu Banco,

Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina da v/ rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da tabacaria, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.


Funcionaria desta forma: todos os meses os senhores e todos os usuários, pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, farmácia, mecânico, tabacaria, frutaria, etc.). Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao utilizador. Serviria apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade ou para amortizar investimentos. Por qualquer produto adquirido (um pão, um remédio, uns litros de combustível, etc.) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até ligeiramente acima do preço de mercado.

Que tal?


Pois, ontem saí do meu Banco com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e de honestidade. A minha certeza deriva de um raciocínio simples.
Vamos imaginar a seguinte situação: eu vou à padaria para comprar um pão. O padeiro atende-me muito gentilmente, vende o pão e cobra o serviço de embrulhar ou ensacar o pão, assim como, todo e qualquer outro serviço. Além disso, impõe-me taxas. Uma "taxa de acesso ao pão", outra "taxa por guardar pão quente" e ainda uma "taxa de abertura da padaria". Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.


Fazendo uma comparação com que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo no meu Banco. Financiei um carro. Ou seja, comprei um produto do negócio bancário. Os senhores cobraram-me preços de mercado. Assim como o padeiro cobra-me o preço de mercado pelo pão.
Entretanto, de forma diferente do padeiro, os senhores não se satisfazem cobrando-me apenas pelo produto que adquiri.
Para ter acesso ao produto do v/ negócio, os senhores cobraram-me uma "taxa de abertura de crédito" - equivalente àquela hipotética "taxa de acesso ao pão", que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar.
Não satisfeitos, para ter acesso ao pão, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente no v/ Banco. Para que isso fosse possível, os senhores cobraram-me uma "taxa de abertura de conta" .
Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa "taxa de abertura de conta" se assemelharia a uma "taxa de abertura da padaria", pois, só é possível fazer negócios com o padeiro, depois de abrir a padaria.


Antigamente, os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como "Papagaios". Para gerir o "papagaio", alguns gerentes sem escrúpulos cobravam "por fora", o que era devido. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu antecipar-se aos gerentes sem escrúpulos.
Agora ao contrário de "por fora" temos muitos "por dentro".


Pedi um extracto da minha conta - um único extracto no mês - os senhores cobraram-me uma taxa de 1 EURO .
Olhando o extracto, descobri uma outra taxa de 5 EUR "para a manutenção da conta" - semelhante àquela "taxa pela existência da padaria na esquina da rua".


A surpresa não acabou: descobri outra taxa de 25 EUR a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros mais altos do mundo. Semelhante àquela "taxa por guardar o pão quente" .


Mas, os senhores são insaciáveis.

A prestável funcionária que me atendeu, entregou-me um desdobrável onde sou informado que me cobrarão taxas por todo e qualquer movimento que eu fizer.
Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores se devem ter esquecido de cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações do v/ Banco.


Por favor, esclareçam-me uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma?
Depois que eu pagar as taxas correspondentes, talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que a v/. responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências legais, que os riscos do negócio são muito elevados, etc, etc, etc. e que apesar de lamentarem muito e nada poderem fazer, tudo o que estão a cobrar está devidamente coberto por lei, regulamentado e autorizado pelo Banco de Portugal.
Sei disso.
Como sei, também, que existem seguros e garantias legais que protegem o v/. negócio de todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados.
Sei que são legais.
Mas, também sei que são imorais. Por mais que estejam protegidos pelas leis, tais taxas são uma imoralidade. O cartel algum dia vai acabar e cá estaremos depois para cobrar da mesma forma.

(ass.)

Lindo! Mas só serve para desabafar. O que já não é mau.
Bjokas.

Lanço-te um desafio: envia essa carta ao teu banco. Vale o que vale, para eles, mas nunca se sabe o que pode mexer dentro daquelas cabeças capitalistas...

É uma história de roubo declarado de sucesso. Mas faz-me lembrar ainda outras histórias, ainda por cima essa gentileza dos funcionários, com sorrisos mil e uma educação extrema.

Como numa cena estupro do mais selvagem que podem imaginar, estilo mesmo pesadelo, vemos o violador a besuntar de vaselina as mãos, os dedos, calmamente... sem pressas, com um enorme sorriso nos lábios e depois de entrar à bruta ainda dá umas palmadinhas e diz: «Pronto, pronto, já passou, não dói nada. Pronto, pronto...»

Há quem lhe chame economia de mercado. Eu gosto mais de considerar chulice inevitável de cartel!

Zé,

tens toda a razão, serve para desabafar, que é o que quase nos resta apenas...


Repórter,

Como estás tu? Já a trabalhar! É difícil, eu sei; mas é bom sinal, né?

Esta carta foi enviada a um banco e circula. Vamos fazê-la circular mais?
Pelo menos martelamos as sanguessugas!


Molin, meu querido,
Não incluas os desgraçados dos funcionários nisto. A tua mulher é bancária (ainda que técnica), mas a tua cunhada também e é comercial. Sabes bem as pressões desumanas que existem....

Fiquei muito contente com a tua visita (aqui....)
Tua
AS

Muito bem: Assino por baixo. Beijos

e assinaste bem, meu en(gat)atão;
e deveríamos inundar os Cons. Adom. dos Bancos com a carta. Mas eles nem sequer a lêem... as secterárias já andam doidas e fartas de tanto apagar esta carta...

A mim de quando em vez assalta-me a ideia genial de começar uma carreira de assltante de bancos. E de dividir todo o dinheior que for conseguindo com aqueles e aquelas que verdadeiramente precisam. Assaltar um banco é um acto de justiça, jamais será um roubo. Porque os verdadeiros ladrões são eeles.
P: já enviei a carta que me pediste e a que fazes referência no post acima

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