"A minha mãe morreu por um aborto clandestino, obviamente sem condições.
Eu fiquei sem mãe aos 3 anos".
Obrigada, muito obrigada, Júlia, por este teu testemunho de coragem e lucidez. As lágrimas soltaram-se dos meus olhos.
Porque senti o que sentiste ao fazer tal declaração.
Também a minha mãe abortou. Não morreu por sorte, mas aos trinta e poucos anos teve que ser sujeita a uma histerectomia. Também eu abortei. Saí da parteira e fui directamente para a Cuf...
Fui filha jovem informada aberta e inteligentemente em casa de meus pais (católicos praticantes); depois nas universidades que frequentei.
Sempre, mas sempre, usei contraceptivos, excepto nos três momentos em que quis engravidar (tenho 3 filhos, 5 netos).
Não influencio ninguém sobre este tema tão melindroso.
Mas não admito que, sobre ele, me julguem ou me passem um atestado de menoridade mental.
O meu SIM será pela vida, pela dignidade. Prendam os assassinos directos ou indirectos de um qualquer Saddam, mas não prendam uma mulher que teve que passar pela dolorosa, mas consciente decisão de interromper uma gravidez até às 10 semanas!
HGOSTEI MUITO: inteligência, sensibilidade, pura classe!
Visita o meu cantinho e vê se concordas comigo...
Posted by José Leite | janeiro 19, 2007 8:37 da manhã
Lucidez!
Os "não" querem continuar a esconder para o fazer, de modo a que não se veja, de modo que não existam...
Posted by Masturbatrix | janeiro 19, 2007 11:21 da manhã